domingo, 31 de agosto de 2008



Carioca em Portugal

O carioca chegou em Lisboa e pediu informação:
- Aí, "mermão" onde tem um ponto de ônibus para ir até a estação ferroviária para pegar um trem?
- Cá não chamamos de ponto de ônibus, chamamos de parada.
- Tudo bem, onde tem uma parada de ônibus pra ir até a estação ferroviária pra pegar o trem?
- Cá não chamamos ônibus, chamamos autobus.
-Ok. Então onde é que tem uma parada de autobus prá ir até a estação ferroviária e pegar o trem?
- Cá não chamamos de estação ferroviária, chamamos gare.
-Legal. Então onde tem uma parada de autobus pra ir até a gare e pegar o trem?
- Cá não chamamos trem, chamamos comboio.
- Porra, tá bom. Então "mermão", como acho a parada para pegar o autobus pra ir a gare para pegar o comboio?
- Não precisa ir, é aqui mesmo.
- Me diz uma coisa: Como é que vocês chamam filho da puta aqui em Portugal?
- Não chamamos, eles vêm do Rio de Janeiro, pela Varig, com a camisa do Flamengo.


terça-feira, 26 de agosto de 2008

CENSURA
Playboy de Carol Castro
tem distribuição proibida

O juiz Oswaldo Henrique Freixinho da 29ª Vara Cível do Rio de Janeiro proibiu a distribuição da revista Playboy deste mês, com Carol Castro na capa. Com a decisão, a Editora Abril foi impedida de mandar para as bancas novas tiragens da revista que contenham a foto onde a atriz, seminua, segura um terço em uma das mãos, sob pena de multa diária de R$ 1.000.
A decisão do juiz foi motivada por uma ação conjunta movida pelo Instituto Juventude Pela Vida, do Rio de Janeiro, e pelo padre goiano Luiz Carlos Lodi da Cruz, que consideraram a foto de Carol Castro um desrespeito com as instituições religiosas.
A atriz pediu desculpa à Igreja pela foto que fez com um terço para a revista, mas não teve jeito: a Justiça proibiu nova publicação da imagem polêmica.

Ação movida por instituição católica carioca
e padre goiano foi motivada por esta foto

MINHA OPINIÃO:

Um absurdo esta censura. A Igreja Católica, responsável por um dos maiores crimes da humanidade (leia post abaixo), e ainda hoje é extremamente machista e cruel especialmente com mulheres, devia estar preocupada é com a legião de padres pedófilos que infectam suas paróquias e sacristias.
Deus nos criou nus, o corpo feminino é um milagre de Deus, e o pecado está nos olhos que quem vê. Como diz Jesus "A boca fala do que a mente está cheia". Religião é algo usado para dominar as pessoas; a fé as liberta. Que coisa mais imbecil essa polêmica machista de terceiro mundo.
Religião não é Deus, e a Igreja Católica, ou qualquer outra, muito menos. Que moral têm esses membros do clero para condenarem, quem quer que seja?

O cenário é Salvador (BA), terra de Jorge Amado e suas musas Tieta, Gabriela e Dona Flor, que serviram de inspiração para as fotos do belo ensaio de Carol Castro. Em cliques de Bob Wolfenson, a bela salgueirense (é nóis na fita...hehe) exibe formas naturais, definidas e pra lá de sensuais. Obcenidade só mesmo na mente de certos padres e juizes que se arvoram em defensores dos velhos e carcomidos dogmas da Igreja Católica.

domingo, 24 de agosto de 2008


A bosta de boi é mais útil que os dogmas.

Serve para fazer estrume. (Mao Tse-Tung)


HISTÓRIA
Atrocidades cometidas

pela Igreja Católica

Tribunal da Igreja Católica instituído no século XIII para perseguir, julgar e punir os acusados de heresia, a Santa Inquisição foi fundada pelo Papa Gregório IX (1148-1241) em sua bula Excommunicamus, publicada em 1231. Heresias são doutrinas ou práticas contrárias ao que é definido como matéria de fé. Na época inicial da Igreja elas eram punidas com a excomunhão. Quando no século IV o cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano, os heréticos passam a ser perseguidos como inimigos do estado.
Em 1252, o Papa Inocêncio IV sanciona o uso da tortura como método de obtenção da confissão de suspeitos. As condenações dos culpados são lidas numa cerimônia pública no fim dos processos. É o chamado auto-de-fé.
Inquisição é o ato de inquirir, isto é, indagar, investigar, interrogar judicialmente. No caso da Santa Inquisição, significa "questionar judicialmente aqueles que, de uma forma ou de outra, se opõem aos preceitos da Igreja Católica". Dessa forma, a Santa Inquisição, também conhecida como Santo Ofício, foi um tribunal eclesiástico criado com a finalidade "oficial" de investigar e punir os crimes contra a fé católica. Na prática, os povos pagãos, dos quais a Igreja católica havia tomado santuários e templos sagrados para implantar sua religiosidade e erigir suas igrejas, representavam uma constante ameaça à autoridade clerical e a Inquisição era um recurso para impor à força a supremacia católica, exterminando todos que não aceitavam o cristianismo nos padrões impostos pela Igreja. Posteriormente, a Santa Inquisição passou a ser utilizada também como um meio de coação, de forma a manipular as autoridades como meio de obter vantagens políticas.
A Inquisição teve seu início no ano de 1184, em Verona, com o Papa Lúcio III. Em 1198, o Papa Inocêncio III já havia liderado uma cruzada contra os albigenses (hereges do sul da França), promovendo execuções em massa. Em 1229, sob a liderança do Papa Gregório IX, no Concílio de Tolouse, foi oficialmente criada a Inquisição ou Tribunal do Santo Ofício. Em 1252, o Papa Inocêncio IV publicou o documento intitulado Ad Exstirpanda, que foi fundamental na execução do plano de exterminar os hereges. O Ad Exstirpanda foi renovado e reforçado por vários papas nos anos seguintes. Em 1320, a Igreja (a pedido do Papa João XXII) declarou oficialmente que a Bruxaria, e a Antiga Religião dos pagãos constituíam um movimento e uma "ameaça hostil" ao cristianismo.

No Brasil a Inquisição atuou no
século 18, queimando 139 pessoas

Os inquisidores, cidadãos encarregados de investigar e denunciar os hereges, eram doutores em Teologia, Direito Canônico e Civil. Inquisidores e informantes eram muito bem pagos. Todos os que testemunhassem contra uma pessoa supostamente herege, recebiam uma parte de suas propriedades e riquezas, caso a vítima fosse condenada.
Os inquisidores deveriam ter no mínimo 40 anos de idade. Sua autoridade era outorgada pelo Papa através de uma bula, que também podia incumbir o poder de nomear os inquisidores a um Cardeal representante, bem como a padres e frades franciscanos e dominicanos. As autoridades civis, sob a ameaça de excomunhão em caso de recusa, eram ordenadas a queimar os hereges. Camponeses eram incentivados (ludibriados com a promessa de ascenderem ao reino divino ou através de recompensas financeras) a cooperarem com os inquisidores. A caça às Bruxas tornou-se muito lucrativa.
Geralmente as vítimas não conheciam seus acusadores, que podiam ser homens, mulheres e até crianças. O processo de acusação, julgamento e execução era rápido, sem formalidades, sem direito à defesa. Ao réu, a única alternativa era confessar e retratar-se, renunciar sua fé e aceitar o domínio e a autoridade da Igreja Católica. Os direitos de liberdade e de livre escolha não eram respeitados. Os acusados eram feitos prisioneiros e, sob tortura, obrigados a confessarem sua condição herética. As mulheres, que eram a maioria, comumente eram vítimas de estupro. A execução era realizada, geralmente, em praça pública sob os olhos de todos os moradores. Punir publicamente era uma forma de coagir e intimidar a população. A vítima podia ser enforcada, decapitada, ou, na maioria das vezes, queimada.
Na Itália e Espanha, as vítimas eram queimadas vivas em estacas. Na França, Escócia e Alemanha, usavam madeiras verdes para prolongar o sofrimento dos condenados. A noite de 24 de agosto de 1572, que ficou conhecida como "A Noite de São Bartolomeu", é considerada "a mais horrível entre as ações inquisidoras de todos os séculos". Com o consentimento do Papa Gregório XIII, foram eliminados cerca de setenta mil pessoas em apenas alguns dias.
Além da Europa, a Inquisição também fez vítimas no continente americano. Em Cuba iniciou-se em 1516 sob o comando do bispo dom Juan de Quevedo, que eliminou setenta e cinco hereges. Em 1692, no povoado de Salem, Nova Inglaterra (atual Estados Unidos), dezenove pessoas foram enforcadas após uma histeria coletiva de acusações.
No Brasil há notícias de que a Inquisição atuou no século 18. No período entre 1721 e 1777, cento e trinta e nove pessoas foram queimadas vivas. O pesquisador Justine Glass afirma que cerca de nove milhões de pessoas foram acusadas e mortas nos séculos que durou a perseguição.


Considerado o “Pai da Física”, Galileu Galilei foi acusado pelo Tribunal do Santo Ofício e escapou por pouco da fogueira por afirmar que o planeta Terra girava ao redor do Sol (heliocentrismo). Em 22 de junho de 1633, foi obrigado a renegar sua certeza de que a Terra não estava imóvel no espaço, utilizando a frase “abjuro, maldigo e detesto os citados erros e heresias”.
Galileu teve sua obra proibida e foi condenado à prisão domiciliar perpétua. Seu processo permaneceu arquivado por longos 350 anos. Após uma nova investigação iniciada em 1979, o Papa João Paulo II reconheceu, em 1992, o erro da Igreja Católica e o absorveu.


17 de fevereiro de 1600. Esta data será lembrada para sempre por um grotesco acontecimento que marcou a fogo uma das páginas negras da história da humanidade: a execução do astrônomo, matemático e filósofo italiano Giordano Bruno pelas chamas da Inquisição. Um dos acontecimentos mais dramáticos da época do Renascimento. Para alguns representou o fim da tolerância da Igreja Católica para com a dissidência representada por alguns sábios, para outros foi o sinal do recomeço dos tempos obscurantistas que opuseram a fé contra a ciência num confronto que não teve mais fim.
Morto aos 52 anos de idade, tornou-se um mártir da liberdade de pensamento e um símbolo da intolerância da contra-reforma liderada pela Igreja Católica.
“O Cosmo é uno, eterno e infinito. A Terra é um dos mundos e nós, sobre ela, giramos ao redor do Sol sem perceber.” Pensamentos como este, levaram Giordano Bruno a ser considerado o primeiro a discutir a vida fora da Terra, (mas não podemos esquecer que, há 2008 anos, Jesus Cristo esclareceu: “Há muitas moradas na casa de meu Pai”), pois afirmava que os planetas acompanhavam estrelas, formando mundos habitados como a Terra em todo o Universo. As idéias de Bruno só foram retomadas na década de 1960, pelo astrônomo norte-americano Frank Drake.
“A Natureza é governada por uma profunda harmonia. Linhas invisíveis unem as pequenas coisas da Terra. Deus está em toda parte, em cada partícula de matéria inerte ou viva.” Este último pensamento de Giordano revela sua adesão ao panteísmo, antiga doutrina filosófica.
Dentre as acusações no Tribunal da Inquisição, foi lido o texto: “Ele sustentou a existência de inúmeros mundos e que a Terra gira ao redor do Sol. Disse acreditar na reencarnação e não no inferno. Afirmou que até os demônios serão salvos. Disse que a magia é lícita e que até os profetas e apóstolos eram magos.” (a magia referida nada mais é do que a mediunidade.)
Giordano preferiu ser queimado na fogueira a abjurar suas idéias. A propósito, afirmou: “Por enquanto ficariam felizes com a minha abjuração. Mas, viver pode também significar percorrer um longo caminho que nos afasta de Deus!” Atualmente, no local do seu martírio, em Roma, uma estátua eterniza o seu amor à verdade.

Primeiro filósofo a afirmar que deveria haver vida em outros lugares do Universo, por causa de suas teorias contrárias aos dogmas da Igreja Católica, acusado de heresia e blasfêmia, o teólogo, filósofo e astrônomo italiano Giordano Bruno (1548-1600) foi condenado pela Inquisição, tendo passado seus últimos oito anos de vida sofrendo brutais torturas e maus tratos de todos os tipos. Morreu queimado vivo numa fogueira em praça pública no Campo dei Fiori", em Roma, com tábua e pregos na língua, para parar de "blasfemar", como retrata o canadense André Durand na pintura "Giordano Bruno Burning".

As mulheres também sofreram nesta época e foram alvos constantes. Os inquisidores consideravam bruxaria todas as práticas que envolviam a cura através de chás ou remédios feitos de ervas ou outras substâncias. As "bruxas medievais", que nada mais eram do que conhecedoras do poder de cura das plantas, também receberam um tratamento violento e cruel.
Outra vítima notória da fogueira da Inquisição é a heroína francesa Joana D'Arc (1412-1431), executada por declarar-se mensageira de Deus e usar roupas masculinas.
Heroína nacional, Joana ficou famosa depois que conduziu o exército francês à vitória sobre os ingleses em Orléans e deu início à revanche de seu país na Guerra dos Cem Anos (1337-1453), até aquele momento vencida pelos britânicos.
Em 1430, quando caiu prisioneira nas mãos do duque de Borgonha, aliado ao rei inglês Henrique V, seus inimigos aproveitaram a fama das visões que ela costumava ter desde pequena para levá-la à fogueira, mesmo sabendo de sua extrema devoção religiosa.
Condenada à fogueira por heresia, foi queimada viva publicamente, aos 19 anos de idade, em Rouen, no dia 30 de maio de 1431. Em 1920, foi canonizada pelo papa Bento V.

Tela de Jules Lenepveu retratando o sacrifício da heroína francesa Joana D'Arc, queimada viva aos 19 anos de idade e, 489 anos depois, canonizada pela Igreja Católica


Herege não é aquele que arde na fogueira e
sim aquele que a acende. (William Shakespeare)

O homem vangloria-se de ter imitado o vôo das aves
com uma complicação técnica que elas dispensam.
(Carlos drummond de Andrade)

domingo, 17 de agosto de 2008

Hubble comemora
100 mil voltas na Terra

A Nasa e a Agência Espacial Européia divulgaram uma foto para comemorar a volta de número cem mil do Telescópio Espacial Hubble ao redor da Terra. Em seus 18 anos de explorações e descobertas, o Hubble foi apontado em direção a uma região de nascimento e renovação de corpos celestes e encontraram esta visão deslumbrante. É uma pequena porção da nebulosa perto da estrela cluster NGC 2074.
A imagem é de uma tempestade de fogo resultante da criação de uma estrela, talvez desencadeada pela explosão de uma supernova nas proximidades. Esta tempestade ocorreu a cerca de 170 mil anos-luz de distância da Terra, perto da nebulosa de Tarântula, uma das regiões mais ativas do nosso grupo de galáxias em formação de estrelas.
Na imagem da Nasa, o vermelho mostra a emissão de átomos de enxofre, o verde brilhante de átomos hidrogênio e o azul, de oxigênio.

Desde que entrou em órbita, em abril de 1990, o telescópio Hubble possibilitou a investigação de berçários estelares, a descoberta de buracos negros no centro de galáxias e a determinação precisa da idade do Universo. Este ano, a a Nasa anunciou que enviará uma missão espacial para fazer reparos no Hubble, estendendo assim sua vida útil em mais sete anos. Seu substituto, será lançado em 2013.

Em abril deste ano, a Nasa disponibilizou uma galeria de 59 imagens, a maioria inéditas, de galáxias colidindo, fundindo-se, interagindo, ou simplesmente destruindo-se para dar origem a novas galáxias.

Há 18 anos, o telescópio Hubble envia imagens
fabulosas das profundezas do Universo

Uma estonteante imagem da Galáxia Espiral M101

O Hubble é um dos instrumentos científicos de maior sucesso de todos os tempos. Além de permitir uma nova percepção do Universo, suas imagens têm encantado a humanidade, trazendo a ciência para mais perto da população e influenciando estudantes de todo o planeta a seguirem carreiras científicas.
(clique sobre as fotos para vê-las ampliadas)

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Homem poderá abandonar
o planeta Terra em breve

(clique sobre a foto para vê-la ampliada)

De acordo com o físico e astronauta italiano Umberto Guidoni, dentro de 50 anos as missões humanas a Marte serão uma realidade. "Estamos perto da possibilidade de abandonar a Terra", disse ele durante a conferência "Do Sputnik às estrelas", realizada na Academia Nacional dos Lincei, uma das instituições científicas mais antigas da Itália e da qual Galileu Galilei já foi membro.
Guidoni, que já participou de duas expedições da Nasa a bordo do Space Shuttle (foto), diz que a humanidade está muito perto da possibilidade concreta de sair da Terra "e explorar outros planetas com missões humanas dentro de poucas décadas". Segundo ele, o modelo a ser seguido para alcançar estes objetivos é a cooperação internacional, como foi feito para construir a Estação Espacial Internacional.
"A primeira etapa das explorações espaciais futuras será a Lua. Depois, para testar novas tecnologias, estuda-se a possibilidade de missões aos asteróides que se aproximam em maior grau do Sol". E então, "estaremos prontos para chegar ao planeta vermelho, trampolim para explorar novos mundos", diz o cientista.

Via Láctea pode ter muitos
planetas propícios à vida

Planetas rochosos e provavelmente com condições adequadas para o surgimento de vida são mais comuns em nossa galáxia do que se crê atualmente, afirmaram pesquisadores americanos durante um congresso científico nos Estados Unidos. O astrônomo Michael Meyer, professor associado da Universidade do Arizona, afirmou que entre 20% e 60% das estrelas semelhantes ao Sol na Via Láctea têm em sua órbita planetas com estruturas rochosas semelhantes à da Terra.
"Nossas observações encontraram evidência de formação de planetas rochosos, não diferentes dos processos que levaram ao planeta Terra", ele afirmou no encontro da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS, na sigla em inglês), em Boston, Massachussetts.
Meyer citou um estudo de sua autoria publicado na edição de fevereiro da revista científica The Astrophysics Journal com conclusões baseadas em observações dos telescópios Hubble e Spitzer.
Nelas, os investigadores detectaram discos de poeira cósmica em torno de estrelas, supostamente resultantes de grandes rochas que se chocaram entre si antes de formar planetas.
"Nossa antiga visão de que o sistema solar tem nove planetas será suplantada por uma de que existem centenas, se não milhares de planetas no nosso sistema solar", afirmou o astrônomo da Universidade do Arizona.

Na casa do meu Pai, há muitas moradas.
(Jesus Cristo)

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

TIBET LIVRE!
Medalha de Ouro para o mega-espetáculo de tecnologia, luzes e som na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos 2008, hoje em Pequim. Medalha de Lata (enferrujada) para a covarde ação opressiva do governo chinês no Tibet, para a ocupação do País, que já dura 57 anos.

Em setembro de 1951, o Tibet foi tomado pelas forças comunistas de Mao Tse Tung (foto) numa ocupação marcada pela destruição de mosteiros, pela opressão religiosa, pelo fim da liberdade política e pelo aprisionamento e assassinato de civis em massa.
Uma das conseqüências da ocupação chinesa é a existência de mais de cem mil refugiados tibetanos pelo mundo. Até hoje, as Nações Unidas nunca expressaram algum protesto significativo contra a ocupação do Tibet.
Por um lado, ter um inimigo é muito ruim. Perturba nossa paz mental e destrói algumas de nossas coisas boas. Mas, se vemos de outro ângulo, somente um inimigo nos dá a oportunidade de exercer a paciência. Ninguém mais do que ele nos concede a oportunidade para a tolerância. Já que não conhecemos a maioria dos cinco bilhões de seres humanos nesta Terra, a maioria das pessoas também não nos dá oportunidade de mostrar tolerância ou paciência. Somente essas pessoas que nós conhecemos e que nos criam problemas é que realmente nos dão uma boa chance de praticar a tolerância e a paciência. (Dalai Lama)

Mantenham a mente aberta, assim como a capacidade de se preocupar com a humanidade e a consciência de fazer parte dela. (Dalai Lama)

(clique sobre a foto para vê-la ampliada)

Maravilha da arquitetura oriental, o Palácio de Potala (foto) está localizado em Lhassa, capital do Tibet, a 3.658 metros acima do nível do mar. Sua construção exigiu a habilidade de 1.500 artistas, trabalhadores experientes e sete mil operários.
Símbolo da capital tibetana, fundada há 14 séculos, a estrutura exótica do Potala tem 13 andares, com mais de mil quartos, dividida em duas seções: o Palácio Branco, construído no século 17, inteiramente de placas de granito, foi a principal residência do Dalai Lama, até que o 14º Dalai Lama teve que fugir para a Índia depois de uma revolta fracassada em 1959 contra a ocupação chinesa. O Palácio Vermelho, terminado no final do mesmo século, é repleto de capelas, estátuas e tumbas dos Dalai Lamas anteriores, decoradas com pedras preciosas. A tumba do quinto Dalai Lama, feita com duas toneladas de ouro, tem três andares.
Declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1994, é atualmente um museu estadual da China. Recebeu o nome em referência ao Monte Potala.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Nos 57 anos de ocupação chinesa, 1,2 milhão de tibetanos (quase 20% da população) já morreram. Dos 6.254 monastérios, apenas 13 foram preservados; outros 4 foram transformados em presídios. Milhares de tibetanos foram enviados para campos de trabalho forçado. Bibliotecas com manuscritos centenários foram incendiadas. Praticantes do budismo foram blasfemados, ridicularizados e torturados.
Os tibetanos são discriminados em todos os aspectos e não possuem as liberdades fundamentais. Quem se manifesta contra a ditadura comunista é duramente repreendido. O simples ato de conversar com um estrangeiro pode ser motivo para uma prisão.
Há mais de 1.100 presos políticos no Tibet. Segundo a Anistia Internacional, muitos desses prisioneiros foram detidos sem acusação ou julgamento e têm sido sistematicamente interrogados, torturados e maltratados. Os métodos mais utilizados pelos oficiais chineses incluem: choques elétricos nos genitais, na boca e na sola dos pés; marcação com pás em brasa; dreno de sangue; queima com água fervente; espancamentos constantes com pedaços de pau e de ferro; uso de algemas, correntes e cordas para manter os prisioneiros de cabeça para baixo e em posições bastante dolorosas; exposição prolongada a temperaturas extremas; privação de comida, água e sono.
Já foram enviadas muitas delegações tibetanas à China e ao Tibet, sem resultados. Em 1985, o Dalai Lama apresentou, em Washington, o seu Plano de Paz de Cinco Pontos: a designação do Tibet como uma zona de paz, o fim da transferência em massa de chineses para o Tibet, a restauração dos direitos humanos fundamentais e das liberdades democráticas, e o abandono pela China do uso do Tibet na produção de armas nucleares e como depósito de lixo atômico. Sua Santidade insiste em negociações sinceras sobre o futuro do Tibet e sobre as relações entre os povos tibetanos e chinês.
Na internet, há páginas interessantes para o conhecimento um pouco menos superficial sobre o Tibete como http://www.tibet.net (página do governo no exílio) e http://www.brasiltibet.org.br/ (ong brasileira)

Além de ser riquíssimo em minerais, o Tibet tem grande importância econômica e geopolítica. Devido a sua posição estratégica, 25% dos mísseis intercontinentais da China foram transferidos para lá, incluindo cerca de 70 mísseis nucleares. O ecossistema tibetano, apesar de ser muito rico, é extremamente frágil. Praticamente toda a Ásia Central depende de rios que nascem no Tibet. Cerca de 80% das florestas tibetanas foram destruídas e diversas espécies animais correm risco de extinção. Certas regiões são usadas como depósito de lixo nuclear.

(clique sobre a foto para vê-la ampliada)
Na foto acima, tirada do espaço pela NASA em outubro de 1993, a Cordilheira do Himalaia e o Planalto do Tibet, também conhecido como Platô Qinghai-Xizang, formados pela convergência de duas grandes placas tectônicas: a da Eurásia e a da indo-australiana. Como resultado das colisões iniciadas ha mais de 65 milhões de anos, a elevação média do Planalto do Tibet é de aproximadamente 4880 m (na foto, em tons castanhos, com vários lagos profundos, em azul escuro). Trata-se de uma região inóspita, gelada, com pouca vegetação, ventanias freqüentes e seca. Os lagos são alimentados pelo derretimento de neve das montanhas. O Himalaia, também conhecido como o "Teto do Mundo", possui as montanhas mais altas do planeta, culminando com o Everest (8.850 m). São mais de 30 picos com mais de 7.300 m.

Localizado no Tibet, o Monte Everest, a montanha mais
alta do planeta, impressiona com seus 8.850 m de altitude.

A opressão nunca conseguiu suprimir nas
pessoas o desejo de viver em liberdade.
(Dalai Lama)

domingo, 3 de agosto de 2008

PERDIDOS NO ESPAÇO

Produzido entre 1965 e 1968, o seriado de televisão Perdidos no Espaço (Lost in Space), criado por Irwin Allen, que já tinha produzido outra série de ficção de grande sucesso para a tevê: Viagem ao Fundo do Mar, era estrelado por Guy Williams, (John Robinson), June Lockhart (Maureen Robinson), Mark Goddard (Major Donald West), Marta Kristen (Judy Robinson), Billy Mumy (Will Robinson), Angela Cartwright (Penny Robinson), Jonathan Harris (Dr. Zachary Smith) e Bob May (Robô B9).Nos 83 episódios de 50 minutos das três temporadas da série, os Robinson ficam vagando de planeta em planeta tentando chegar à Alfa Centauri ou voltar à Terra.
As histórias são fantásticas. Algumas bizarras, cheias de monstros, formas de vida extraterrestres inteligentes e estranhas, que são ameaças constantes.
Na primeira temporada, em preto e branco, as histórias têm maior teor de ficção científica que as temporadas seguintes. A partir da segunda, junto com as cores, vieram histórias cômicas e bizarras, centradas nos personagens Will, Smith e Robô, adotando a fórmula de sucesso da série Batman, que também fazia sucesso na época.
Em 1998, Perdidos no Espaço chegou aos cinemas, com William Hurt, Gary Oldman e outros no elenco. Apesar do festival de efeitos especiais colocados para agradar o público infanto-juvenil, os atores não têm o mesmo carisma dos personagens da série original na refilmagem que nem de perto lembra a fantástica série de TV que tive o privilégio de assistir quando criança. No remake dirigido por Stephen Hopkins (Predador 2), emoção só quando toca a trilha original de John Willians, no fim do filme.
Sugestão deste fã de carteirinha: compre a coleção completa lançada no Brasil pela Fox Home Entertainment com as 3 temporadas da série original (em 23 DVDs, 92 episódios), à venda na internet e nas grandes lojas de todo o país. Eu, já comprei a minha, na época do lançamento (hehe).

No final do século XX a Terra enfrenta o problema da super população, que se torna crítico. A solução é a colonização do espaço sideral, começando por um planeta na órbita da estrela Alfa Centauri. Considerando o alcance da tecnologia americana, ele é o único planeta capaz fornecer condições ideais para existência humana.
Em 16 de outubro de 1997, o governo americano, através do Controle Alfa, lança a moderna e poderosa nave Júpiter 2, com a primeira família selecionada e treinada para dar início à colonização: os Robinson. O pai John (professor de astrofísica e geofísica), a mãe Maureen (bioquímica) e os filhos Judy, Penny e Will, acompanhados pelo Major Donald West, piloto da nave, e um robô, programado para auxiliar a família no processo de colonização, foram colocados em estado de animação suspensa devido à longa viagem. O piloto automático da nave foi acionado.
Entretanto, ocorre um imprevisto. O psicólogo do Controle Alfa, Coronel Zachary Smith, que trabalha para um governo inimigo. reprograma o robô dos Robinson para destruir a espaçonave após oito horas de seu lançamento.
Ao fazer a checagem final de seu plano maléfico, Dr. Smith acaba ficando preso na nave e segue viagem na Júpiter 2 que, com o peso extra, sai de seu curso indo para o meio de uma chuva de meteoros.
Após se livrar dos meteoros e anular a ação destrutiva do Robô, a família Robinson resolve tentar cumprir a missão de chegar à Alfa Centauro, apesar de estarem perdidos no espaço, pelos danos ocorridos na nave.
O único a não concordar com a resolução é o "clandestino teimoso" Zachary Smith, que vai passar toda a série tentando voltar à Terra, principalmente por meio de traições e covardias.


Durante a produção da série (1965/68) o mundo estava em plena Guerra Fria, e assim, foi oportuno colocar o vilão Zachary Smith (brilhante criação de Jonathan Harris) como agente de uma potência inimiga dos Estados Unidos.

ASTERÓIDE AMEAÇA
TERRA EM 2036

Um asteróide pode aproximar-se de maneira perigosa da Terra em 2036 e a Organização das Nações Unidas (ONU) deve assumir a responsabilidade por uma missão espacial para desviá-lo, disse um grupo de astronautas, cientistas e engenheiros. Astrônomos estão monitorando um asteróide chamado Apophis, que tem uma chance em 45 mil de atingir a Terra no dia 13 de abril de 2036.
Apesar de a chance de o impacto desse asteróide específico ser baixa, uma recente ordem do Congresso para a Nasa aumentar suas atividades de monitoração de asteróides perto da Terra no futuro próximo deverá revelar centenas, se não milhares, de pedras especiais que ameaçam o espaço no futuro próximo, disse o ex-austronauta Rusty Schweickart. "Não estamos observando apenas o Apophis. Todos os países estão em risco. Precisamos de uma série de princípios gerais para lidar com esse tema", disse Schweickart, cobrando da ONU a adoção de medidas para lidar com ameaças de asteróides e decida se e quando agir.
“A maneira preferida para lidar com um asteróide potencialmente mortal é mandar uma nave que usaria a gravidade para alterar a rota do objeto, para que ele não mais ameace a Terra, disse o astronauta Ed Lu, veterano da Estação Espacial Internacional.
IMPACTO PROFUNDO - A Terra é constantemente bombardeada por diversas rochas. Meteoros, asteróides e cometas com órbitas que cruzam com a terrestre trazem risco de colisão e já colidiram em muitas vezes no passado. No entanto, a colisão com corpos de grandes dimensões é menos freqüente.
A maioria dos corpos que adentram a atmosfera do planeta são queimados completamente devido à fricção com o ar, pois são pequenos como grãos de areia. Alguns são maiores e acabam chegando até a superfície do planeta. A fricção com o ar não os destrói completamente, seja por causa do tamanho e/ou da composição química. Dependendo do tamanho e da velocidade com que chegam na superfície podem virar poeira ou causar grande destruição. Até mesmo uma enorme destruição como na extinção dos dinossauros, causada pela queda de um imenso meteoro, há 65 milhões de anos.

Cratera do Meteoro, Arizona, Estados Unidos. Entre 20 mil e 50 mil anos atrás, um pequeno asteróide colidiu no local a formou a cratera mais bem preservada no planeta, com mais de um quilômetro de diâmetro.

Terra vista da Lua (foto Nasa)
(clique sobre a foto para vê-la ampliada)

Se a humanidade pudesse olhar daqui,
veria como são pequenas suas divergências.

(Carl Sagan)