O Brasil tem uma frota de cerca de 100 milhões de bicicletas (quatro para cada carro), mas as cidades pouco fazem para dar segurança aos ciclistas ou estimular esse saudável e importante meio de transporte.
Considerando a proximidade das eleições municipais do próximo domingo, o Blog das Ruas convidou o cicloativista André Pasqualini (na foto acima, feita por ele próprio, se "protegendo" da poluição de São Paulo) para falar sobre a utilização das bicicletas nos centros urbanos brasileiros.
Analista de sistemas, Pasqualini, 34, transformou sua paixão por pedalar em ideologia de vida. Desde 2000, mantém o site cicloBR, através do qual articula e informa outros colegas de pedal sobre o que acontece no universo das bikes, com ênfase especial no ciclista urbano.
Há pouco mais de três meses, foi preso pela polícia de São Paulo (e logo depois liberado) numa manifestações em que muitos ciclistas tiraram a roupa para mostrar como “sentiam-se nus” diante dos carros.
“O que mais me choca é a burrice dos nossos governantes, pois ignoram a quantidade de pessoas, eleitores, que usam a bicicleta, sabendo a ninharia que eles gastariam para preparar uma infra-estrutura que estimule as pessoas a andarem de bicicleta. Preferem continuar estimulando as pessoas a comprarem carros, degradando as cidades, gastando bilhões devido ao aumento de acidentes, com os problemas gerados pela poluição e por aí vai.
Na entrevista ao Blog das Ruas, André fala sobre o universo dos ciclistas urbanos, sugere medidas para o poder público incentivar o uso da bicicleta e comenta como as campanhas municipais têm utilizado o tema.
Analista de sistemas, Pasqualini, 34, transformou sua paixão por pedalar em ideologia de vida. Desde 2000, mantém o site cicloBR, através do qual articula e informa outros colegas de pedal sobre o que acontece no universo das bikes, com ênfase especial no ciclista urbano.
Há pouco mais de três meses, foi preso pela polícia de São Paulo (e logo depois liberado) numa manifestações em que muitos ciclistas tiraram a roupa para mostrar como “sentiam-se nus” diante dos carros.
“O que mais me choca é a burrice dos nossos governantes, pois ignoram a quantidade de pessoas, eleitores, que usam a bicicleta, sabendo a ninharia que eles gastariam para preparar uma infra-estrutura que estimule as pessoas a andarem de bicicleta. Preferem continuar estimulando as pessoas a comprarem carros, degradando as cidades, gastando bilhões devido ao aumento de acidentes, com os problemas gerados pela poluição e por aí vai.
Na entrevista ao Blog das Ruas, André fala sobre o universo dos ciclistas urbanos, sugere medidas para o poder público incentivar o uso da bicicleta e comenta como as campanhas municipais têm utilizado o tema.
Se você adora bike como eu, não deixe de ler na íntegra a entrevista na qual André fala sobre o universo dos ciclistas urbanos, sugere medidas para o poder público incentivar o uso da bicicleta e comenta como as campanhas municipais têm utilizado o tema.
Confira uma das respostas do ativista ao Blog das Ruas:
Pergunta - Você tem contatos com muitos ciclistas pelo Brasil. Qual seria o cenário hoje do uso das bicicletas nos centros urbanos brasileiros?
André Pasqualini - Segundo números da Abradib, em 2006 a frota de bicicletas era de 75 milhões. Isso números da indústria, sem contar as bicicletas feitas artesanalmente ou em pequenas fábricas. Facilmente devemos ter no Brasil algo como 100 milhões de bicicletas contra uma frota de 25 milhões de carros.
Cerca de 70% das bicicletas brasileiras são usadas como meio de transporte, ou seja, só com os ciclistas daria para eleger um presidente da República. Mas no Brasil, a maior parte dos investimentos viários visa beneficiar o deslocamento individual motorizado, colocando em segundo plano (quando não ignoram) ciclistas, pedestres e usuários de transporte público. Mas o ativismo (ou cicloativismo) vem crescendo no país inteiro e ele acaba trazendo frutos para que haja uma mudança cultural que irá influenciar nossos futuros governantes. Tudo ainda é muito tímido, mas sinto que a mudança será inevitável”.
Confira uma das respostas do ativista ao Blog das Ruas:
Pergunta - Você tem contatos com muitos ciclistas pelo Brasil. Qual seria o cenário hoje do uso das bicicletas nos centros urbanos brasileiros?
André Pasqualini - Segundo números da Abradib, em 2006 a frota de bicicletas era de 75 milhões. Isso números da indústria, sem contar as bicicletas feitas artesanalmente ou em pequenas fábricas. Facilmente devemos ter no Brasil algo como 100 milhões de bicicletas contra uma frota de 25 milhões de carros.
Cerca de 70% das bicicletas brasileiras são usadas como meio de transporte, ou seja, só com os ciclistas daria para eleger um presidente da República. Mas no Brasil, a maior parte dos investimentos viários visa beneficiar o deslocamento individual motorizado, colocando em segundo plano (quando não ignoram) ciclistas, pedestres e usuários de transporte público. Mas o ativismo (ou cicloativismo) vem crescendo no país inteiro e ele acaba trazendo frutos para que haja uma mudança cultural que irá influenciar nossos futuros governantes. Tudo ainda é muito tímido, mas sinto que a mudança será inevitável”.
"Uma simples mudança de prioridades, colocando o carro em último e, em primeiro, o pedestre e a bicicleta, além do usuário de transporte público, seria o suficiente para melhorar de imediato a qualidade de vida das pessoas”, diz o cicloativista André Pasqualini em entrevista ao Blog das Ruas (iurirubim.blog.terra.com.br)
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