segunda-feira, 30 de novembro de 2009

VIA LACTEA

"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso"! E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora! "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entendê-las:
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".

(Olavo Bilac)

Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!
(Mário Quintana)

domingo, 29 de novembro de 2009

Poema do amigo aprendiz

Quero ser o teu amigo. Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...

(Fernando Pessoa)

Há doenças piores que as doenças,
Há dores que não doem, nem na alma
Mas que são dolorosas mais que as outras.
Há angústias sonhadas mais reais
Que as que a vida nos traz, há sensações
Sentidas só com imaginá-las
Que são mais nossas do que a própria vida.
Há tanta cousa que, sem existir,
Existe, existe demoradamente,
E demoradamente é nossa e nós...
Por sobre o verde turvo do amplo rio
Os circunflexos brancos das gaivotas...
Por sobre a alma o adejar inútil
Do que não foi, nem pôde ser, e é tudo.

Dá-me mais vinho, porque a vida é nada.

(Álvaro de Campos)

sábado, 28 de novembro de 2009

Algumas fotos postadas são belas e merecem
ser vistas em tamanho maior. Para vê-las
ampliadas é só clicar sobre a imagem.
No começo do Gênese está escrito que Deus criou o homem para reinar sobre os pássaros, os peixes e os animais. É claro, o Gênese foi escrito por um homem e não por um cavalo. Nada nos garante que Deus desejasse realmente que o homem reinasse sobre as outras criaturas. É mais provável que o homem tenha inventado Deus para santificar o poder que usurpou da vaca e do cavalo. (Milan Kundera)
Reduzir consumo de
carne melhora saúde
das pessoas e da Terra

Reduzir o consumo e a produção de carne em 30% ajudaria a reduzir as emissões de carbono na atmosfera e a melhorar a saúde das pessoas, afirmam cientistas em estudo publicado na revista médica The Lancet.
Pesquisadores britânicos e australianos descobriram que melhorar a eficiência, aumentar a captura de carbono e reduzir a dependência de combustíveis fósseis na agricultura não será suficiente para cumprir as metas de redução na emissão de CO2.
Mas combinar essas medidas com uma redução de 30% no rebanho dos principais países produtores de carne e um corte similar no consumo de carne levaria a benefícios substanciais à saúde da população e à diminuição das emissões de gases-estufa.

Segundo a agência Reuters, para mim uma das três melhores e de maior credibilidade do planeta, o estudo descobriu que na Grã-Bretanha um consumo 30% menor de gordura saturada de fonte animal por adultos reduziria o número de mortes prematuras decorrentes de doença cardíaca em cerca de 17% - o equivalente a 18 mil mortes prematuras evitadas em um ano. Em São Paulo, isso significaria até mil mortes prematuras evitadas no mesmo período.

De acordo com a agência das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, 18% de todas as emissões de gases-estufa são oriundas da produção de carne. Os especialistas afirmam que a demanda crescente pelo produto, principalmente nos países com economias em ascensão, poderia elevar o rebanho mundial em 85% até 2030.

Gado agrava mais aquecimento
da Terra que carros, diz ONU

Consumir carne é um dos principais

responsáveis pelo aquecimento global

O metano, gás do efeito estufa, responde por um terço do aquecimento do planeta. A sua capacidade de reter calor na atmosfera é 23 vezes maior que a do gás carbônico. Cerca de 28% das emissões mundiais desse gás vêm da pecuária. O gado envia milhões de toneladas anuais de metano para a atmosfera (ruminação, fermentação intestinal, esterco). O metano permanece ativo na atmosfera por 12 anos.
A pecuária agrava mais o efeito estufa do que o setor de transportes, com um impacto nocivo na natureza. O cálculo não vem dos ambientalistas mas do relatório A grande sombra do gado, da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), segundo o qual os gases emitidos pelos excrementos e a flatulência, pelo desmatamento para formar pasto e na geração de energia gasta na administração do gado respondem por 28% dos gases-estufa emitidos anualmente no mundo.

O documento da FAO tem mais de 400 páginas e aborda não apenas o impacto da atividade no efeito estufa. Fala também da poluição da água e o encolhimento de florestas, com a respectiva perda de biodiversidade, para ampliar a pecuária. Na Amazônia, 70% do que foi desmatado até hoje teve esse fim.

Boi chorando, a caminho do abate

Para complementar a abordagem do tema do estudo dos cientistas britânicos e australianos citados na postagem anterior, resolvi lembrar também o aspecto moral da coisa, para mim, o mais importante. Como seria bom se as pessoas parecem para refletir seriamente sobre o assunto, como fizeram brilhantemente os autores destas citações:

Virá o dia em que a matança de um animal será considerada crime tanto quanto o assassinato de um homem. (Leonardo da Vinci)

Como zeladores do planeta, é nossa responsabilidade lidar com todas as espécies com carinho, amor e compaixão. As crueldades que os animais sofrem pelas mãos dos homens está além do nossa compreensão. Por favor, ajude a parar com esta loucura. (Richard Gere)

Enquanto o homem continuar a ser destruidor impiedoso dos seres animados dos planos inferiores, não conhecerá a saúde nem a paz. Enquanto os homens massacrarem os animais, eles se matarão uns aos outros. Aquele que semeia a morte e o sofrimento não pode colher a alegria e o amor. (Pitágoras)

Não permitas que ninguém negligencie o peso de sua responsabilidade. Enquanto tantos animais continuam a ser maltratados, enquanto o lamento dos animais sedentos nos vagões de carga não sejam emudecidos, enquanto prevalecer tanta brutalidade em nosso matadouros... todos seremos culpados. Tudo o que tem vida, tem valor como um ser vivo, como uma manifestação do mistério da vida. (Albert Schweitzer)

Nebulosa tem energia 100 mil
vezes maior que Sol, diz Nasa

A nebulosa Caranguejo, um dos objetos mais estudados do espaço, é considerada pelos astrônomos como um "verdadeiro ícone cósmico". Foto: NASA/Chandra X Ray Observatory /Divulgação

A nebulosa Caranguejo (nuvem de poeira, hidrogênio e plasma), localizada na constelação de Touro, é um poderoso gerador cósmico capaz de produzir energia equivalente a 100 mil vezes a taxa do Sol - a principal estrela do Sistema Solar, segundo informações da Nasa, agência espacial americana. Uma imagem da intensa atividade registrada no interior da formação estelar, captada a partir de dados enviados pelas sondas espaciais Chandra X-ray, Hubble e Spitzer, foi divulgada na última segunda-feira no site da NASA.
Os cientistas explicaram que, há mil anos, a morte de uma estrela (também conhecida como supernova) criou uma gigantesca explosão que culminou com o nascimento de um objeto denso, chamado estrela de nêutrons. As partículas expelidas por este corpo cósmico possibilitaram o surgimento da nebulosa Caranguejo.
Na fotografia, os dados observados pelo observatório Chandra X-ray estão em azul, os do Hubble em amarelo e vermelho, e os do Spitzer em infravermelho.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Irã anuncia que lançará um
novo satélite ao espaço em 2011

O Irã anunciou que porá em órbita em 2011 um novo satélite de pesquisa por seus próprios meios, ao não conseguir, aparentemente, ajuda de outros estados, informou o ministro de Comunicações e Informação Tecnológica, Reza Taqipour.
Em declarações divulgadas pela agência de notícias local "Fars", o responsável explicou que o satélite, que se denominará Mesbah 2, duplica o volume do Omid, que Teerã pôs em orbita em fevereiro deste ano.

Atualmente, 844 satélites civis e militares estão em órbita na Terra. Os Estados Unidos lideram operando mais da metade desses satélites (450), seguidos pela Rússia (100), China e Japão (mais de 30 cada). O Brasil opera 7 satélites, apenas 1 de fabricação nacional (INPE), os outros são de fabricação americana - Boeing Satellite Systems (4) e Space Systems Loral (1) e européia - EADS (1).

Lançamento do foguete Ariane-5, na base espacial européia em Kouru, na Guiana Francesa, para colocar em órbita satélites de telecomunicações do Brasil e do Vietnã. (Foto: AFP/AFP)


Lixo espacial

A colisão entre um satélite russo e outro americano em fevereiro deste ano reacendeu o debate sobre os riscos do acúmulo de lixo espacial para a humanidade. Desde o lançamento do Sputnik, o primeiro objeto a entrar em órbita, em 1957, a evolução tecnológica permitiu que naves, foguetes e outras centenas de satélites explorassem o espaço tranquilamente. Após perderem a utilidade, porém, esses objetos permaneceram no mesmo local e passaram do status de exploradores para o de poluidores espaciais.

Atualmente, cerca de 17.000 destroços com mais de 10 centímetros giram em torno do Planeta Terra, provocando colisões e danificando naves (na imagem acima, uma montagem feita em computador mostra o acúmulo do lixo ao redor do planeta).

O que é lixo espacial?

O lixo espacial é composto detritos de naves, combustíveis, satélites desativados, lascas de tinta, combustível, pedaços de mantas térmicas e foguetes, objetos metálicos e até mesmo ferramentas perdidas por astronautas durante as suas explorações espaciais. “O que existe é uma grande nuvem de objetos dos mais variados tamanhos e pesos, desde um grama até toneladas”, explicou Petrônio Noronha de Souza, chefe do laboratório de Integração e Testes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).


O grande precursor do acúmulo de detritos no espaço foi o Sputnik (foto), o primeiro satélite artificial da Terra, lançado em 1957 pela antiga União Soviética. Hoje em dia, com a evolução tecnológica, há mais de 800 satélites ativos em órbita. Enquanto isso, segundo o chefe do laboratório do Inpe, a órbita se tornou um “vasto lixão espacial”. De acordo com dados divulgados em 2008 pela Nasa, a agência espacial americana, foram contabilizados no espaço aproximadamente 17.000 destroços acima de 10 centímetros, 200.000 objetos com tamanho entre 1 e 10 centímetros e dezenas de milhões de partículas menores que 1 centímetro.

O que acontece com os detritos que ficam no espaço e ninguém retira?

Nem tudo o que foi colocado no espaço permanece em órbita. Souza explicou que os detritos vão paulatinamente perdendo altitude e, mais cedo ou mais tarde, caem na Terra. Segundo o chefe do laboratório do Inpe, detritos que estão em altitudes baixas caem mais rápido, em meses. Já os mais altos permanecem por décadas. “Quando um satélite é lançado, ele permanece lá por meses ou anos e, ao final da vida útil, é simplesmente desligado. Ao ser desligado, o satélite deixa de ser usado e se transforma em lixo. É como se alguém abandonasse um carro e o deixasse ali. Porém, é viável pegar um carro velho e levar para o pátio. E no caso do satélite não existe um pátio”, compara Souza.

Na pior das hipóteses, quais são os riscos do acúmulo de lixo espacial?

O cenário mais remoto, porém fisicamente demonstrável, é a Síndrome de Kessler. A hipótese, apresentada por um físico da Nasa, sustenta que haverá um momento em que o espaço terá tantos detritos que será impossível utilizá-lo para as necessidades da humanidade. Isso porque, quando dois objetos se chocam, eles geram mais fragmentos, multiplicando assim o número de elementos em órbita. “Isso lembra uma reação em cadeia, em que choques vão gerando choques e mais choques, como se quase tudo que estivesse em orbita criaria um cinturão e inviabilizaria completamente o uso do espaço”, diz Souza.

Acima, foto de satélite mostra o furacão Bill sobre o Atlântico, em agosto deste ano, se movimentando em mar aberto em direção às Ilhas Bermudas.

Na prática, como os detritos espaciais poderiam afetar a vida do homem?

Para a saúde do planeta Terra, o lixo espacial não tem a menor importância, já que representa uma quantidade de massa insignificante, segundo explicou o chefe do laboratório do Inpe. A grande afetada, caso o espaço fosse inutilizado, seria a sociedade. Os satélites que atualmente estão em órbita, por exemplo, são responsáveis por transmitir dados, sinais de televisão, rádio e telefone, sem contar os equipamentos que observam a Terra, fornecem informações sobre mudanças climáticas, podem antecipar fenômenos naturais e fazer o mapeamento de áreas. “O grande problema do lixo espacial está lá em cima: é a probabilidade desses fragmentos danificarem equipamentos necessários para o homem”, explicou o especialista brasileiro.

É possível fazer uma “faxina espacial”?

“Limpar o espaço não é como limpar um terreno baldio. Não existe tecnologia para remover esses objetos em órbita, porque a limpeza não é viável”, diz Petrônio Noronha de Souza. Ele explica que a tecnologia não existe de fato - há apenas algumas idéias. A concretização desses métodos, contudo, exige um gasto tão astronômico que a viabilidade técnica acaba sendo questionada.

Quais métodos já foram apresentados?

Algumas das formas já propostas para tentar tirar o lixo do espaço:
Redes: Sistema de redes gigantes, que formaria um cesto capaz de capturar os detritos e jogá-los mais para baixo.
Lasers: Instalar canhões de laser em alguns pontos estratégicos e disparar contra o lixo, para desviar sua órbita para mais perto do planeta. Com isso, o lixo queimaria até desaparecer.
Fios: Cabos condutores de cobre poderiam ser acoplados a satélites desativados para que eles pudessem ser atraídos pelo campo magnético da Terra.
Espuma: Um painel de espuma seria colocado na rota dos detritos. Assim que os objetos passassem por ele, teriam sua velocidade reduzida, caindo de volta no planeta.
Braço: Uma espécie de nave não-tripulada, guiada por radares e câmeras, seria equipada com braços robóticos para coletar os detritos.

Há alguma alternativa para evitar que os satélites que estão em órbita não se tornem lixo espacial?

Sim. O chefe do laboratório do Inpe explica que, para evitar que as centenas de satélites em atividade se transformem em lixo espacial ao fim de suas atividades, é preciso programá-los para que eles sigam em direção às chamadas órbitas-cemitério. Assim, os satélites ficariam em lugares bem distantes da Terra, sem oferecer riscos de colisões. De acordo com a Nasa, a cada ano, cerca de 200 pedaços de lixo espacial com mais de 10 centímetros entram no espaço.

Por que o uso das órbitas-cemitério não é tão comum?

Muitas vezes isso não ocorre por razões financeiras. De acordo com Souza, um satélite é projetado para permanecer em órbita por cerca de quatro anos. Retirá-lo de lá antes de se auto-desligar para movê-lo em direção a outro lugar significa interromper um trabalho que custa caro. Se a empresa demora muito, acaba ficando tarde demais. Souza explica que, ultimamente, as operadoras de telecomunicações, que possuem posições orbitais muito bem determinadas, têm se interessado em alterar a rota para as órbitas-cemitério. Isso ocorre porque, se o satélite continuar no mesmo local, pode vir a atrapalhar a instalação de um novo.

As agências espaciais se preocupam com esse tema?

A maioria das organizações possui um núcleo para tratar de assuntos relacionados ao lixo espacial. Em 1986, a ESA, agência espacial européia, criou um grupo para analisar e estudar os detritos no espaço. Neste ano, a ESA investiu 64 milhões de dólares em um programa chamado Conscientização da Situação Espacial. Já a Nasa criou, em 1997, o Centro de Estudos de Órbita e Re-entrada de Destroços. Além dessas, há também a Inter-Agency Space Debris Coordination Committee (IADC), que se propõe a ser um órgão internacional que coordena atividades relacionadas a assuntos ligados ao lixo espacial. O IADC agrega agências espaciais de países como Alemanha, Índia, China e Japão. As organizações costumam recomendar práticas ideais, mas que dificilmente são adotadas, já que não são imposições legais. “As organizações não têm força de lei. Somente fazem sugestões que as nações adotam ou não”, explica Souza.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

SER OU NÃO SER DE ALGUÉM
Na hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates, nos bares, levanta os braços, sorri e dispara: “eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também”. No entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração “tribalista” se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição.
A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu. Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra (o), etc, etc, etc. Desconhece a delícia de assistir a um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor.
Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só para dizer bom dia, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter “alguém para amar”... Somos livres para optarmos! E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento...
(Arnaldo Jabor)
Um velho índio norte-americano, descreveu seus conflitos internos da seguinte maneira:
- Dentro de mim há dois cachorros. Um deles é cruel e mau. O outro é muito bom, e eles estão sempre brigando.
Quando lhe perguntaram qual cachorro ganhava a briga, parou, refletiu e respondeu:
- Aquele que eu alimento mais frequentemente.
(Paulo Coelho)

sábado, 14 de novembro de 2009

Se em termos de amor 2009 não foi até agora um ano dos melhores para mim, ao menos no jogo e no samba não tenho do que reclamar. Meu Salgueiro campeão na Sapucaí com o belíssimo enredo Tambor - só alegria. Ontem, no Maracanã, pela 36ª rodada da série B. outra grande conquista cruzmaltina: o retorno em grande estilo à série A com o título de campeão absoluto da Série B 2009. Para mim, particularmente, um presentaço de aniversário (HEHEHE).
Disputando a série B do campeonato brasileiro, num jogo contra o Juventude de Caxias do Sul, em pleno sábado a tarde, meu Vascão levou quase 82.000 torcedores ao Maraca (recorde absoluto de toda a temporada, incluindo a série A) enquanto os times que estão disputando o título da série A na atual temporada, como o São Paulo, atual líder, consegue levar, no máximo, a cada jogo, 40 mil (e o que eles chamam de torcida só comparece se o titulo estiver garantido).
E essa cambada (com o aval da mídia esportiva, extremamente parcial em sua grande parte) ainda tem a petulância de afirmar que seus times tem mais torcedores que o Vasco (KKKKKKKK), sem falar nos muitos jornalistas babacas e emissoras tendenciosas como a famigerada TV Globo, que fez tudo para impedir esse recorde, ignorando completamente os milhares de torcedores que ficaram fora do Maracanã por que não tinha mais ingressos à venda.
A verdade tai pra quem quiser ver. No mais, respeito é bom e eu e toda a imensa nação cruzmaltina gostamos muito.
Breves considerações
sobre um grande amigo


Foto feita numa rua de Marília pelo amigão Édio Junior,

repórter fotográfico do Jornal da Manhã


"Um cão é a única coisa na terra que o ama mais do que ama a sí mesmo." (Josh Billings)

"Ninguém pode se queixar da falta de um amigo, podendo ter um cão." (Marquês de Maricá)


A razão de um cachorro ter tantos amigos é que ele

abana o rabo em vez da lingua. (Autor desconhecido)

Felizes os cães, que pelo faro descobrem os amigos. (Machado de Assis)

Recolha um cão de rua, dê-lhe de comer e ele não te morderá: eis a diferença fundamental entre o cão e o Homem. (Mark Twain)

"Cães amam seus amigos e mordem seus inimigos, bem diferente das pessoas, que são incapazes de sentir amor puro e têm sempre que misturar amor e ódio em suas relações." (Sigmund Freud)

"Os cães são o nosso elo com o paraíso. Eles não conhecem a maldade, a inveja ou o descontentamento. Sentar-se com um cão ao pé de uma colina numa linda tarde, é voltar ao Éden onde ficar sem fazer nada não era tédio, era paz." (Milan Kundera)

Quanto mais conheço o homem
mais eu gosto do meu cão


Há homem que não merece
A comida do Sultão
Por isso quando falo
No fundo tenho razão
Quanto mais conheço o homem
Mais eu gosto do meu cão

A um amigo dei almoço
dividi meu capital
Meu cachorro dei um osso
Lá no fundo do quintal
E no fim quem foi ingrato
Não foi meu cachorro não
Quanto mais conheço o homem
Mais eu gosto do meu cão


(Ataulfo Alves e Arthur Vargas Júnior)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Para cientista do Vaticano,
pode existir vida extraterreste
"Extraterrestres poderiam existir, mas não há fortes evidências de que de fato existam", ponderou o principal astrônomo do Vaticano, o padre Gabriel Funes, por ocasião do fim de uma conferência sobre vida extraterrena. O evento, organizado pela Pontifícia Academia de Ciências Sociais do Vaticano, reuniu atraiu cientistas, químicos, astrônomos, biólogos e clérigos de todo o mundo durante os últimos dias 6 e 11 para discutir as origens e a evolução da vida.
Funes considera válida para a Igreja Católica a pesquisa sobre as chances de vida alienígena. "Embora a astrobiologia seja um campo ainda novo e em desenvolvimento, questões concernentes às origens da vida e da presença de seres vivo fora da Terra são legítimas e merecem consideração. Faz sentido buscar por formas de vida que existam além da Terra, mas, até o momento, não há prova de que tais existam", considerou.
A conclusão da conferência é de que há, "plausivelmente", milhões de planetas habitáveis somente na Via Láctea, que é apenas uma entre as bilhões de galáxias estimadas no nosso universo.
Esta não é a primeira fez em que Funes, também diretor do Observatório do Vaticano, conjetura sobre a chance de vida extraterrestre. Em 2008, o padre concedeu uma entrevista ao jornal oficial do vaticano, o Osservatore Romano.
A entrevista foi entitulada "Os aliens são meus irmãos". Nela, Funes avaliou: "Isso (a chance de vida extraterrena) não entra em conflito com nossa fé, pois não pode-se delimitar a criativide criadora de Deus", acrescentando que os alienígenas talvez não precisassem ser "salvos" para entrar no Paraíso, especialmente se fossem "mais evoluídos" que humanos.
O fato de o Vaticano discutir a possibilidade de vida extraterrestre é considerado por muitos como uma forte mudança na sua posição em relação à ciência e à própria religião. Há cerca de quatro séculos, por exemplo, o astrônomo Galileu Galilei foi preso, acusado de heresia, ao propor que a Terra não se localizava no centro do universo. Também no início da idade moderna, o filósofo Giordano Bruno foi queimado por especular, justamente, que outros mundos poderiam ser habitados.

No início da idade moderna, o filósofo Giordano Bruno foi queimado pela Santa Inquisição por especular, justamente, que outros mundos poderiam ser habitados.
www.durand-gallery.com/.../giordanobruno.html

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Sonda Mars envia imagens de
erosão causada pela água em Marte

A imagem mostra a área entre Kasei Valles e Fossae Sacra,

com uma cratera de 35 km - Foto: ESA/Divulgação

A agência espacial europeia (ESA) divulgou imagens do relevo de Marte obtidas pela sonda Mars Express. As imagens mostram fotos panorâmicas do terreno caótico da região de Kasei Valles e Sacra Fossae. Segundo os especialistas, as rachaduras foram causadas por água.
Cobrindo uma área de 21.375 km quadrados, as imagens são de uma região localizada 12 graus ao norte do Equador e apresentam uma resolução da superfície de 21 metros por pixel.
A parte superior da imagem mostra a margem oriental de Kasei Valles com o planalto de Lunae Planum, além da Sacra Fossae. Kasei Valles é um dos maiores canais de Marte, com um comprimento de cerca de 3 mil km, que compreendem desde a bacia Chryse Planitia, ao norte, até a Echus Chasma, ao sul. Sacra Fossae é um sistema de falhas que se estende por 1 mil km com centenas de metros de profundidade. Fica entre Kasei Valles sul e oeste de Lunae Planum.
A imagem mostra uma cratera de 35 km de diâmetro ao norte. A borda sudoeste do anel está muito desgastada pela erosão, causada principalmente pelas correntes de água. A fonte de origem desta água foi localizada em Ecgus Rabble, que fica 850 km ao sudoeste.