Degelo da Antártida se aproxima
de nível crítico, diz estudo
de nível crítico, diz estudo
Grande parte da camada de gelo da Antártida Ocidental pode se perder caso haja um aumento mesmo que ligeiro nas concentrações de gases do efeito estufa na atmosfera e as temperaturas dos oceanos continuem subindo, segundo um estudo divulgado na última quinta-feira.
Um outro estudo relacionado disse que, caso a capa de gelo da Antártida Ocidental acabe, e o gelo da Antártida Oriental continue derretendo em seu litoral, o nível global dos mares pode subir até 7metros em relação aos níveis atuais. A Antártida acumula cerca de 90% da água doce do mundo.
Os estudos, publicados na revista Nature, são resultado de prolongadas prospecções no leito marinho sob a Plataforma de Gelo Ross, feitas por uma equipe de cientistas neozelandeses, italianos, norte-americanos e alemães.
A camada de gelo flutuante não elevará o nível do mar caso derreta, porque já está deslocando água. A verdadeira ameaça ocorre quando a plataforma de gelo que está atrás, e abaixo do nível do mar, seja exposta ao oceano. As mais de 50 amostras do gelo, retiradas de até 1,2 mil m de profundidade, permitiram aos cientistas estudar como períodos anteriores de aumento do dióxido de carbono afetaram as temperaturas dos oceanos, os movimentos do gelo e os níveis dos mares.
Um outro estudo relacionado disse que, caso a capa de gelo da Antártida Ocidental acabe, e o gelo da Antártida Oriental continue derretendo em seu litoral, o nível global dos mares pode subir até 7metros em relação aos níveis atuais. A Antártida acumula cerca de 90% da água doce do mundo.
Os estudos, publicados na revista Nature, são resultado de prolongadas prospecções no leito marinho sob a Plataforma de Gelo Ross, feitas por uma equipe de cientistas neozelandeses, italianos, norte-americanos e alemães.
A camada de gelo flutuante não elevará o nível do mar caso derreta, porque já está deslocando água. A verdadeira ameaça ocorre quando a plataforma de gelo que está atrás, e abaixo do nível do mar, seja exposta ao oceano. As mais de 50 amostras do gelo, retiradas de até 1,2 mil m de profundidade, permitiram aos cientistas estudar como períodos anteriores de aumento do dióxido de carbono afetaram as temperaturas dos oceanos, os movimentos do gelo e os níveis dos mares.
As amostras colhidas no leito marinho revelaram também que mudanças na inclinação do eixo da Terra, deixando as regiões polares ora mais próximas do Sol, ora mais distantes, tiveram um importante papel no aquecimento dos oceanos e nos ciclos de expansão e recuo da camada de gelo da Antártida Ocidental, entre 3 e 5 milhões de anos atrás, segundo os cientistas.
Há cerca de 4 milhões de anos, o aumento do dióxido de carbono atmosférico, que atingiu cerca de 400 partes por milhão, reforçou o aquecimento resultante dos ciclos da inclinação terrestre, de acordo com os pesquisadores. “A concentração de dióxido de carbono na atmosfera passou de 280 partes por milhão no começo da Revolução Industrial para 387 partes por milhão e está novamente se aproximando de 400 partes por milhão", disse Tim Naish, diretor do Centro de Pesquisas Antárticas da Universidade Victoria, em Wellington, na Nova Zelândia.
Há cerca de 4 milhões de anos, o aumento do dióxido de carbono atmosférico, que atingiu cerca de 400 partes por milhão, reforçou o aquecimento resultante dos ciclos da inclinação terrestre, de acordo com os pesquisadores. “A concentração de dióxido de carbono na atmosfera passou de 280 partes por milhão no começo da Revolução Industrial para 387 partes por milhão e está novamente se aproximando de 400 partes por milhão", disse Tim Naish, diretor do Centro de Pesquisas Antárticas da Universidade Victoria, em Wellington, na Nova Zelândia.
A gigantesca placa de gelo da parte oeste da Antártida (Wais, em inglês) desabará caso a temperatura do oceano aumente em 5°C, segundo um estudo publicado na última quarta-feira na revista científica britânica Nature. Os modelos de informática utilizados para fazer o cálculo comprovaram que um colapso destas características teria consequências "catastróficas" sem precedentes em uma escala de tempo geológica curta, ou seja, de milhões de anos. Os professores David Pollard, da Pennsylvania State University, e Robert DeConto, da Universidade de Massachusetts, Estados Unidos, disseram que a Wais já está em uma situação muito instável e que qualquer mudança de temperatura, por menor que seja, pode causar "uma rápida desintegração e, inclusive, seu colapso".
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