domingo, 27 de dezembro de 2009

Lançado para mapear
o céu, satélite capta
conjunto de estrelas

Foto: Nasa/UCLA/Divulgação

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A Nasa, agência espacial americana, divulgou imagem com milhares de estrelas que cobrem uma região na Constelação de Carina, perto da Via Láctea. A imagem (foto) foi captada por um sofisticado satélite lançado no último dia 14. Segundo a Nasa, a região cobre uma área três vezes maior que o tamanho da Lua.
Com o objetivo de fotografar bilhões de objetos, incluindo asteórides potencialmente perigosos, o Wide-field Infrared Survey Explorer (WISE), usará seus raios para definir a localização e o tamanho de aproximadamente 200.000 asteróides, e dará aos cientistas uma ideia mais clara de quantas rochas espaciais há nas proximidades da órbita terrestre e que perigo representam.
"Quando os encontrarmos, passaremos a informação aos responsáveis pelas políticas para decidir o que fazer para tentar evitar que estes asteróides próximos à Terra colidam com nosso planeta", indicou J. D. Harrington, da Nasa, à AFP. O WISE orbitará a 500 quilômetros acima da superfície da Terra durante 10 meses, em busca de dados e objetos de luz fraca como nuvens de poeira, estrelas anãs marrons e asteróides.
O satélite escaneará o cosmos com raios infravermelhos e tirará fotografias de tudo, desde asteróides próximos à Terra até galáxias longínquas com novas estrelas. "A última vez que escaneamos todo o céu com este comprimento de onda infravermelha em particular foi há 26 anos", indicou Edward Wright, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), principal pesquisador da missão.
"A tecnologia infravermelha percorreu um longo caminho desde então. As velhas fotografias infravermelhas eram como pinturas impressionistas. Agora teremos imagens que serão vistas como as fotografias atuais", acrescentou. Harrington explicou ainda que os antigos satélites com infravermelho tinham apenas 62 pixels por "câmera", enquanto o WISE tem uma resolução de quatro milhões de pixels, o que resultará em imagens muito mais nítidas.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Confirmação de água na Lua foi
grande sucesso da Nasa em 2009

A confirmação de que há água na Lua e de que o satélite não é absolutamente árido como se pensava foi uma das conquistas mais importantes em 2009 para a Nasa, agência espacial americana. Outro de seus grandes avanços foi a missão que chegou pela última vez para reparar e melhorar as operações do telescópio espacial Hubble, assim como a incansável exploração de Marte com suas sondas e seus veículos Spirit e Opportunity.
A Nasa também incluiu entre os acontecimentos de destaque do ano a confirmação de que há metano em Marte junto com os estudos sobre a redução das camadas de gelo nos pólos terrestres. No dia 9 de outubro, a Nasa abriu um novo capítulo na ciência, quando a sonda LCROSS (Lunar Crater Observation and Sensing Satellite) revelou que o impacto de um de seus foguetes na cratera Cabeus, perto do polo sul da Lua, confirmou a presença de água no satélite natural da Terra.

O impacto criado pela etapa superior do foguete Centauro, da LCROSS, revelou uma superfície de hidrogênio antes congelado proveniente da cratera que se transformou em vapor como resultado da colisão. Esse material, que não tinha recebido a luz do sol durante bilhões de anos, foi detectado pelos instrumentos da sonda e pelos telescópios espaciais e terrestres.
Mas não foi só a descoberta de água que provocou a alegria dos cientistas, que afirmaram que as análises revelam que há outros materiais que poderiam ser úteis para futuras explorações tripuladas a outros planetas utilizando a Lua como plataforma. "A compreensão total dos dados transmitidos pelos instrumentos da LCROSS demorará um tempo tanta é sua riqueza", afirmou Colaprete. "Além da água na cratera Cabeus há outras substâncias misteriosas. As regiões permanentemente sombrias da Lua são armadilhas gélidas que recolheram e conservaram material durante bilhões de anos", acrescentou o cientista.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Astrônomos alemães descobrem
mar na lua Titã de Saturno

Os cientistas acreditam que o ambiente de Titã, um dos lugares mais interessantes do nosso Sistema Solar, pode ser semelhante ao da Terra antes da vida ter começado a encher a atmosfera de oxigênio. Foto: Nasa/Divulgação

Astrônomos alemães descobriram na lua Titã, que orbita em torno do planeta Saturno, um gigantesco mar, superior ao Cáspio, considerado o maior mar interno da Terra. O Centro Alemão Aeroespacial (DLR) anunciou que o mar de Titã, descoberto por membros do instituto de estudos planetários de Berlim do DLR, tem uma superfície de até 400 mil quilômetros quadrados.
Batizado como "Krake Mare", o mar descoberto no satélite de Saturno não é composto de água, mas de metano líquido ou de outro tipo de hidrocarboneto. O mar está no polo norte de Titã e sua descoberta foi possível pelas imagens obtidas com a sonda americana Cassini do satélite de Saturno.
Com um diâmetro de 5,150 mil quilômetros, Titã é o segundo maior satélite do nosso Sistema Solar, depois de Ganimedes, que orbita em torno de Júpiter, e o único que conta com uma densa atmosfera. Por causa de sua atmosfera carregada de nitrogênio, É considerado um satélite interessante, já que se parece com o antigo estado da Terra.
O nome do mar, "Krake Mare", tem origem em um monstro marinho das sagas nórdicas, um polvo ou lula gigante que atacava os navios e devorava os marinheiros.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Nebulosa tem energia 100 mil
vezes maior que Sol, diz Nasa

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A nebulosa Caranguejo, localizada na constelação de Touro, é considerada como "ícone cósmico" para os astrônomos. Foto: NASA/Chandra X Ray Observatory/Divulgação

A nebulosa Caranguejo (nuvem de poeira, hidrogênio e plasma), localizada na constelação de Touro, é um poderoso gerador cósmico capaz de produzir energia equivalente a 100 mil vezes a do Sol, principal estrela do Sistema Solar, segundo informações da Nasa, agência espacial americana.
Uma imagem da intensa atividade registrada no interior da formação estelar, captada a partir de dados enviados pelas sondas espaciais Chandra X-ray, Hubble e Spitzer, está sendo divulgada no site da Nasa.
Os cientistas explicaram que, há mil anos, a morte de uma estrela (também conhecida como supernova) criou uma gigantesca explosão que culminou com o nascimento de um objeto denso, chamado estrela de nêutrons. As partículas expelidas por este corpo cósmico possibilitaram o surgimento da nebulosa Caranguejo.
Na fotografia, os dados observados pelo observatório Chandra X-ray estão em azul, os do Hubble em amarelo e vermelho, e os do Spitzer em infravermelho. A nebulosa em questão, um dos objetos mais estudados do espaço, é considerada pelos astrônomos como um "verdadeiro ícone cósmico".

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Algumas fotos postadas são belas e merecem
ser vistas em tamanho maior. Para vê-las
ampliadas, é só clicar sobre a imagem.
ISS fotografa atmosfera da
Terra com o Sol no horizonte

Tripulantes da ISS fotografaram a atmosfera terrestre enquanto nave Atlantis iniciava viagem de retorno à Terra. Foto: Nasa/Divulgação

Os integrantes da Estação Espacial Internacional (ISS) deram uma amostra da paisagem privilegiada à disposição, apesar do confinamento que os astronautas vivem durante a permanência na plataforma orbital. A tripulação encheu os olhos ao fotografar a fina camada da atmosfera da Terra (na cor azul), com o Sol brilhando no horizonte, enquanto o ônibus espacial Atlantis desacoplava da ISS para retornar à Terra. A fotografia foi divulgada no site da Nasa, agência espacial americana.

Oceano da lua de Júpiter pode
abrigar vida, dizem astrônomos

A foto, que combina informações de imagens obtidas pela sonda Galileo da Nasa, mostra em detalhe a lua Europa, de Júpiter. Foto: Nasa/Divulgação

Nos oceanos de uma lua a centenas de milhões de quilômetros do sol, algo complexo pode estar vivo - neste momento. Embaixo da crosta gelada da lua Europa, de Júpiter, acredita-se que haja um oceano global de até 160 quilômetros de profundidade, sem terra à vista na superfície.
Esse oceano extraterrestre está atualmente sendo alimentando com oxigênio a níveis mais de 100 vezes maiores do que modelos anteriores sugeriam, de acordo com uma nova e instigante pesquisa.
Essa quantidade de oxigênio é suficiente para manter mais do que formas de vida microscópicas: pelo menos três milhões de toneladas de criaturas semelhantes a peixes podem teoricamente viver e respirar em Europa, afirma o autor do estudo, Richard Greenberg, da Universidade do Arizona, em Tucson.
"Não há nada dizendo que existe vida lá agora", disse Greenberg, que apresentou seu trabalho mês passado em um encontro da Divisão para Ciências Planetárias da Sociedade Astronômica Americana. "Mas sabemos que existem condições físicas para sustentá-la."

Leia a notícia na íntegra na National Geographic.

Na Missão Sistema Júpiter Europa, sonda da Nasa vai estudar o revestimento glacial da lua Europa, que pode abrigar um oceano capaz de suportar vida.

A Nasa e a Agência Espacial Européia (ESA na sigla em inglês) definiram as luas de Júpiter (16 já confirmadas) como o destino de sua próxima missão conjunta a um planeta exterior.
A Missão Sistema Júpiter Europa vai lançar duas naves orbitais, uma construída pela Nasa e outra pela ESA, em 2020, com chegada prevista ao sistema Júpiter em 2026. A sonda da Nasa vai estudar o revestimento glacial da lua Europa, que pode abrigar um oceano capaz de suportar vida. A sonda da ESA vai investigar Ganimedes, a maior lua do sistema solar, que tem um campo magnético único.
A porção da Nasa na missão a Júpiter vai custar entre US$ 2,5 e US$ 3 bilhões, afirma Green. A porção européia da missão, chamada Laplace, ainda precisa competir com duas outras missões para assegurar um espaço no programa Visão Cósmica da ESA.

Astrônomos descobrem estrela
35 vezes mais quente que o Sol


Astrônomos da Universidade de Manchester, na Grã-Bretanha, descobriram uma das estrelas mais quentes da galáxia, com temperaturas 35 vezes maiores do que o Sol. Segundo os cientistas do centro de pesquisas Jodrell Bank Centre for Astrophysics da universidade, esta é a primeira vez que a estrela, que fica na nebulosa Bug, foi observada e retratada (foto). A sua temperatura é superior a 200 mil graus Celsius.
"Esta estrela foi muito difícil de ser encontrada porque ela está escondida atrás de uma nuvem de poeira e gelo no meio da nebulosa", disse o professor Albert Zijlstra, da Universidade de Manchester. De acordo com ele, nebulosas planetárias como a Bug se formam quando estrelas que estão morrendo ejetam gás no espaço.
“Nosso Sol vai fazer isso em cerca de cinco bilhões de anos. A nebulosa Bug, que está a cerca de 35 mil anos luz na constelação de Escorpião, é uma das nebulosas planetárias mais espetaculares," afirma o professor de Manchester. Zijlstra e sua equipe usaram o telescópio Hubble para encontrar a estrela.