"Escuta, Zé Ninguém!"
"Tu devoras a tua felicidade. Nunca foste capaz de a gozar com plenitude. É por isso que a devoras avidamente, sem sequer assumires a responsabilidade de a assegurares. Nunca te foi permitido aprenderes a cuidar das tuas alegrias, a alimentar a felicidade, como o jardineiro o faz com as suas flores, como o homem da terra com as suas colheitas."
"Eu conheço a facilidade com que diagnosticas de loucura toda a verdade que te desagrada, Zé Ninguém. E como te consideras o espécime acabado do homo normalis. Duma maneira ou de outra, condenas à reclusão os loucos, e são as pessoas normais que governam o mundo. A quem pedir contas, então, de toda essa miséria?"
"Viverás bem e em paz quando a vida significar para ti mais do que a segurança; o amor mais do que o dinheiro; a tua liberdade mais do que as linhas diretivas do partido ou a opinião pública; quando a tua forma de pensar estiver de acordo, e não, como hoje, em discordância, com a tua forma de sentir; quando finalmente a face humana do homem da rua puder expressar a alegria, a liberdade e a comunicação, não mais a tristeza e a miséria; quando os seres humanos não mais povoarem a terra com as suas ancas retraídas e rígidas e os seus órgãos sexuais enregelados."
Para ler (e copiar) "Escuta, Zé Ninguém!" na íntegra é só acessar o link http://www.culturabrasil.pro.br/zeninguem.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário