domingo, 14 de março de 2010

Invictus
Out of the night that covers me,
Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.

It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate;
I am the captain of my soul.

Lindo este poema do inglês William Ernest Henley, que Nelson Mandela lia na prisão durante o regime do apartheid e que dá nome ao filme dirigido por Clint Eastwood que rendeu a Morgan Freeman (foto) uma indicação ao prêmio de melhor ator no Oscar deste ano por sua brilhante interpretação como o líder político sentenciado a prisão perpétua em junho de 1964, libertado em 1990 e eleito, três anos depois, presidente da África do Sul na primeira eleição multirracial da história do país.

Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.

Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - ereta.

Além deste oceano de lamúria,
Somente o horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.

Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.

Tradução: André C S Masini, escritor, tradutor, poeta, estudioso de versificação, auditor fiscal da Receita Federal e diretor geral da Casa da Cultura (www.casadacultura.org)

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