segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Nos 57 anos de ocupação chinesa, 1,2 milhão de tibetanos (quase 20% da população) já morreram. Dos 6.254 monastérios, apenas 13 foram preservados; outros 4 foram transformados em presídios. Milhares de tibetanos foram enviados para campos de trabalho forçado. Bibliotecas com manuscritos centenários foram incendiadas. Praticantes do budismo foram blasfemados, ridicularizados e torturados.
Os tibetanos são discriminados em todos os aspectos e não possuem as liberdades fundamentais. Quem se manifesta contra a ditadura comunista é duramente repreendido. O simples ato de conversar com um estrangeiro pode ser motivo para uma prisão.
Há mais de 1.100 presos políticos no Tibet. Segundo a Anistia Internacional, muitos desses prisioneiros foram detidos sem acusação ou julgamento e têm sido sistematicamente interrogados, torturados e maltratados. Os métodos mais utilizados pelos oficiais chineses incluem: choques elétricos nos genitais, na boca e na sola dos pés; marcação com pás em brasa; dreno de sangue; queima com água fervente; espancamentos constantes com pedaços de pau e de ferro; uso de algemas, correntes e cordas para manter os prisioneiros de cabeça para baixo e em posições bastante dolorosas; exposição prolongada a temperaturas extremas; privação de comida, água e sono.
Já foram enviadas muitas delegações tibetanas à China e ao Tibet, sem resultados. Em 1985, o Dalai Lama apresentou, em Washington, o seu Plano de Paz de Cinco Pontos: a designação do Tibet como uma zona de paz, o fim da transferência em massa de chineses para o Tibet, a restauração dos direitos humanos fundamentais e das liberdades democráticas, e o abandono pela China do uso do Tibet na produção de armas nucleares e como depósito de lixo atômico. Sua Santidade insiste em negociações sinceras sobre o futuro do Tibet e sobre as relações entre os povos tibetanos e chinês.
Na internet, há páginas interessantes para o conhecimento um pouco menos superficial sobre o Tibete como http://www.tibet.net (página do governo no exílio) e http://www.brasiltibet.org.br/ (ong brasileira)

Além de ser riquíssimo em minerais, o Tibet tem grande importância econômica e geopolítica. Devido a sua posição estratégica, 25% dos mísseis intercontinentais da China foram transferidos para lá, incluindo cerca de 70 mísseis nucleares. O ecossistema tibetano, apesar de ser muito rico, é extremamente frágil. Praticamente toda a Ásia Central depende de rios que nascem no Tibet. Cerca de 80% das florestas tibetanas foram destruídas e diversas espécies animais correm risco de extinção. Certas regiões são usadas como depósito de lixo nuclear.

(clique sobre a foto para vê-la ampliada)
Na foto acima, tirada do espaço pela NASA em outubro de 1993, a Cordilheira do Himalaia e o Planalto do Tibet, também conhecido como Platô Qinghai-Xizang, formados pela convergência de duas grandes placas tectônicas: a da Eurásia e a da indo-australiana. Como resultado das colisões iniciadas ha mais de 65 milhões de anos, a elevação média do Planalto do Tibet é de aproximadamente 4880 m (na foto, em tons castanhos, com vários lagos profundos, em azul escuro). Trata-se de uma região inóspita, gelada, com pouca vegetação, ventanias freqüentes e seca. Os lagos são alimentados pelo derretimento de neve das montanhas. O Himalaia, também conhecido como o "Teto do Mundo", possui as montanhas mais altas do planeta, culminando com o Everest (8.850 m). São mais de 30 picos com mais de 7.300 m.

Localizado no Tibet, o Monte Everest, a montanha mais
alta do planeta, impressiona com seus 8.850 m de altitude.

A opressão nunca conseguiu suprimir nas
pessoas o desejo de viver em liberdade.
(Dalai Lama)

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